sábado, 24 de novembro de 2012

Análise - Hell Yeah: Wrath of the Dead Rabbit













Nos dias que correm, fazer jogos originais parece ser uma árdua tarefa, sobretudo se pensarmos que já tudo foi feito e não há mais por onde pegar. Mas isto é errado, pois parte-se do pressuposto de que para se fazer algo original é preciso criar um novo género. Pois bem, “para criar algo original” basta fazer como fizeram os Senhores da SEGA, que pegaram na clássica forma do jogo de plataformas em 2D (à moda dos Sonic, Super Mário, Megaman, etc) e trouxeram para esta geração de consolas uma nova abordagem sobre este género clássico. Ou melhor, uma abordagem mais moderna, sobre aquilo que se pode fazer num mundo dominado pelo 3D e pela procura do grafismo de ponta. Mas afinal o que fez a SEGA de tão extraordinário?




Tal como já disse em cima, não foi criado aqui nada que já não fosse usado no passado. Muito pelo contrário, pegou-se numa fórmula que dominou a geração das 8 e 16 bits, mas essa mesma fórmula foi usada com uma nova roupagem, extremamente actual, e com características únicas. Hell Yeah: Wrath Of The Dead Rabbit é um jogo com um sentido de humor único e que nos prende do início ao fim. Desde logo a história do jogo, – spoiller alert – onde controlamos uma personagem chamada Ash, um coelho extremamente furioso e que é, por sinal, o príncipe das trevas. Certo dia, Ash está em casa a tomar um banho com o seu patinho de borracha e alguém tira-lhe uma fotografia. A mesma vai parar à Net e cerca de 100 pessoas puseram “like” na foto. Isto, meus amigos, é a alavanca de toda a trama que culmina com uma história de vingança, que faz lembrar os filmes do Van Damme ou do Steven Seagal.




Durante o jogo, vamos, então, encontrando as 100 personagens que tiveram acesso à foto e temos de lhes dar uma lição. Mais do que isso, temos de descobrir pistas para saber quem foi que tirou a famosa fotografia e que ainda a tem, em sua posse. No decorrer deste processo, vamos poder evoluir o nosso arsenal e melhorar o poder de Ash. Contem com serras que cortam tudo o que aparece à nossa frente, sangue a salpicar para o ecrã, bazookas, granadas, metralhadoras, caçadeiras, entre outras armas para poder levar a melhor sobre os nossos adversários. Todas estas armas podem sem compradas com o dinheiro que vamos amealhando durante a nossa aventura. De igual modo, podemos “pimpar” o nosso coelho com roupas e acessórios extremamente cómicos e que só melhoram a experiência de jogo.




Graficamente, Hell Yeah: Wrath Of The Dead Rabbit é um jogo em 2D muito bom, com cenários bastante cheios e com cores que nunca mais acabam. A experiência de jogo acaba por ser também ela variada na medida em que a interacção com o cenário é muito importante no jogo: temos que desfazer paredes para poder aceder a novos territórios; andamos de submarino para poder explorar novos mundos debaixo de água; conduzimos uma nave para explorar o espaço, etc.




No fundo, Hell Yeah: Wrath Of The Dead Rabbit não é um jogo que será recordado pela sua inovação nem por possuir características futurísticas: não. É um jogo simples, à moda antiga e que pisca o olho aos gamers mais antigos, que acompanham os jogos desde há 20 anos a esta parte. Quem cresceu a jogar Sonic, Megaman, entre outros, vai adorar o jogo e a experiência que o mesmo dá. É, sobretudo, um jogo original ao usar uma fórmula já vista e revista, mas numa
abordagem nova e divertida. No total, são entre 3 a 4 horas de jogo bem passadas e com muitas gargalhadas pelo meio.

7/10

Análise by Sleepyhead 
Site: www.theboywhoneversleeps.blogspot.com
Twitter @JosManuelGomes

ENJOY GAMING

Sem comentários:

Enviar um comentário