terça-feira, 6 de novembro de 2012

Análise - Medal of Honor: Warfighter


OLÁ GAMERS

Esta é a análise do primeiro shooter de guerra moderna de 2012, Medal of Honor: Warfighter. ENJOY GAMING





Não é novidade para nenhum jogador de shooter’s, Medal of Honor, significa jogo de grande qualidade e uma celebração do soldado.

Em 2010 vimos um renascer das cinzas do primeiro Medal of Honor desta geração. EA, além da saga Battlefield, decidiu que era uma boa ideia prestar homenagem aos grandes soldados e ainda bem que o fez. 




Apesar de uma crítica amena, o jogo foi um sucesso de vendas, que permitiu a produção desta sequela, Warfighter.
Este é um jogo tal como os outros shooters, com cenários e localizações semelhantes como, Médio Oriente mas com uma imersão face à personagem ou personagens que controlamos.

Voltamos a jogar com os heróis do primeiro jogo, Dusty, Voodoo, Preacher e Mother. Encontramos novos aliados na nossa luta durante a campanha, que nos vão ajudar a combater os perigosos inimigos e desafios.

Quando começamos a jogar percebemos desde já uma coisa, novos gráficos, devido ao uso do motor gráfico usado em Battlefield 3 o Frostbite 2.0, vemos uma evolução sobre o primeiro jogo. Ficamos com os olhos bem cheios de beleza e por muito louco que pareça, por vezes até visualmente melhor que Battlefield 3, é de loucos. Além da qualidade gráfica e sonora, esta última mantém-se como um dos melhores aspectos de MOH e BF, o gameplay está mais livre e menos pesado. 

O enredo de Warfighter, é sem dúvida um dos melhores que já joguei nestes últimos tempos. Não é normal jogarmos este tipo de jogos de guerra e realmente percebermos que temos um guião à nossa frente em que tudo, bem ou mal, foi pensado para nos entreter. 



A história é realmente fantástica, a personagem principal do jogo é Preacher, um soldado Tier 1, que já passou por muitos problemas na guerra. Quer deixar essa vida e voltar para a sua ex-mulher e filha. É bom podermos ver o que se passa na vida real de muitos destes soldados. O facto de serem obrigados a estarem sempre disponíveis para entrar em guerra e ficarem meses e meses sem a sua família, percebemos que são apenas pessoas normais como nós que têm um trabalho “especial”.

O tema principal é muito simples, controlamos os melhores dos melhores e temos que eliminar o inimigo mauzão. Conhecemos-o apenas como Cleric, é o responsável e a mente por detrás da distribuição e dos ataques provocados por uma substância muito poderosa e explosiva, PETN.


No que toca a Gameplay, é aqui que encontramos alguma falhas e também as suas forças. Os nossos inimigos não são lá muito inteligentes, quando se escondem por detrás de uma parede, espreitam sempre pelo mesmo local ou vêm friamente a correr até nós com vontade de morrer. Como os mapas são sempre lineares e sem margem para outras rotas e alternativas, tornam-os mais emocionantes e cheios de acção.
Algo que não gostei de ter visto foi o facto de saber que estava a jogar num videojogo com o motor Frostbite 2 e não poder disparar por paredes de madeira. Frostbite é conhecido não só pela sua beleza mas também pela capacidade de estruição do ambiente que nos rodeia. Dá a sensação do uso de um Frostbite 1.9.



Ao contrário de Battlefield, não vamos encontrar uma panóplia de veículos mas ainda podemos viver a experiência e emoção em várias situações. Uma delas que se destacou, não se preocupem não vou dar nenhum spoiler, é um nível onde conduzimos um automóvel, esta situação fez-me recordar Most Wanted e vão depois perceber porque. 

A campanha não é longa, finalizei-a mais ou menos em 5h20m. Quando terminei o jogo, pensei muito no que tinha sentido no decorrer da campanha. Fiquei triste, fiquei emocionado com toda a acção que decorria e com raiva devido a certos eventos.

Esta campanha sofre de erros ou bugs que não deveriam existir num jogo AAA. Desde o tempo entre capítulos que vemos ou ouvimos o jogo antes de algo sequer começar, alguns freezes quando passam full motion vídeo ou os nossos soldados simplesmente param e desatam a falar sem nada estar a acontecer. São erros que para alguns jogadores estragam a experência de qualquer jogo. Por sorte, talvez ou não, aconteceu-me apenas 1 ou 2 vezes, estes erros. Não me importei mas não favorece em nada a produtora Danger Close.



Multijogador, em 2010, quando compraram Medal of Honor, bem podem dizer que compraram dois jogos, um modo de campanha e ou brutal modo multijogador, isto porque tinham sido criados por duas empresas diferentes. O que vimos foi gameplay e gráficos totalmente diferentes nos dois tipos de jogo. Desta vez e felizmente já não é o caso porque os dois modos utilizam o motor Frostbite 2.0 como pilar gráfico.

Este modo não foi criado com leveza, temos as mesmas funções de partilha de informação e rankings como em Battlefield 3, graças a introdução do Battlelog. No modo Multijogador podemos escolher entre vários países e classes, cada um deles terá os seus prós e contras (Velocidade vs perícia, poder de fogo vs precisão ). Depois de fazerem a primeira escolha, o menu principal aparece e têm logo a oportuniade de fazer um Quick Play e entrar num servidor cheio de jogadores com rapidez e sem complicações. 



Ao entrarmos no jogo normalmente vamos estar “associados” a um outro companheiro que faz com que exista uma relação simbiótica. Ganhamos pontos para o nosso companheiro em tudo o que fazemos e vice-versa, recebemos um bónus sempre que o salvámos e sabemos a todo o tempo onde ele se encontra ( tal como em Left 4 Dead ). Quando morremos termos duas opções, “nascer” na nossa base ou junto do nosso companheiro. Esta opção permite com que decidam se querem entrar no calor da acção ou recuar e apanhar desprevenido o inimigo. Se gostam do trabalho de equipa de Battlefield 3, vão de certeza adorar este modo online.

Este modo online sofre também um pouco de alguns problemas, encontrei algumas falhas de texturas que simplesmente não aparecem e por estranho que pareça graficamente deixa um pouco a desejar depois de jogarmos o modo de campanha. Gostei imenso do visual que adoptaram, a palete de cores mais quentes encaixa perfeitamente nos novos mapas mas falta alguma definição e melhoramento no geral.

Medal of Honor Warfighter, deixou-me num estado um pouco confuso, adorei o modo de campanha mas os graves bugs podiam ter estragado por completo o fantástico enredo. Por outro lado tenho um modo online muito competitivo e familiar da saga Battlefield, onde o trabalho de equipa é super importante para a vitória em cada modo que jogamos. Surpreendeu-me porque conseguiu dar-me uma boa dose de emoção e entretenimento. O modo online não desiludiu de todo, gostava apenas que existisse o tipo de destruição tal como o irmão mais velho, Battlefield 3. Sem dúvida um excelente shooter, que perdeu algum do seu fulgor devido a erros que não deviriam ter existido de todo.

7/10

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