terça-feira, 27 de novembro de 2012

Análise - Call of Duty: Black Ops 2


OLÁ GAMERS

Esta é a análise ao maior lançamento Gaming de 2012, Call of Duty: Black Ops 2. Enjoy Gaming.





Hoje em dia, criar um First Person Shooter, equipara-se há uns bons anos atrás, na ‘Era’ 8 e 16 Bits, criar um jogo de plataforma. Isso não indica que todos os shooters, são bons, com qualidade, realismo e diversão. 

Foi em 2007 que vimos a ascensão de uma das maiores sagas de videjogos de sempre, Call of Duty. Menciono 2007, não como o lançamento do primeiro jogo mas sim a primeira verdadeira experiência de realismo e guerra moderna, Call of Duty 4: Modern Warfare.
Pela primeira vez, estávamos na pele de um soldado real e actual, com armas que costumávamos ver apenas no cinema de Hollywood. Desta vez tínhamos no nosso controle o poder de destruir ou salvar vidas.



Foi exactamente este jogo que fez com que muitos jogadores, pudessem viver um modo de campanha emotivo e cheio de adrenalina.
Muitos mais jogos foram lançados elevando sempre a fasquia de como criar um modo de campanha energético, controverso e algo que fica para sempre na memória dos jogadores.
Temo em dizer que já não me posso repetir acerca deste novo jogo, Call of Duty Black Ops 2.

Este é uma sequela directa do primeiro jogo, Black Ops, onde a empresa Treyarch abordou o espírito dos anos 60 e o culminar da Guerra Fria. Não vamos controlar novamente Frank Woods mas ele é um grande pilar no que toca ao enredo neste novo jogo.
Vamos sim controlar várias personagens, em anos diferentes, especificamente anos 70, 80 e num período mais futurista em 2025. 
Iremos controlar várias personagens, consoante a época que decorrer o modo de campanha. Alex Mason será novamente uma das personagens e também David Mason, seu filho.
Inicialmente poderá parecer um pouco confuso, depois de tantos flashbacks, podem-se perder um pouco na narrativa, isto deve-se também há forma como o modo de campanha está construído. 



Não será certamente nenhum spoiler ao indicar que Alex Mason, morreu por razões ainda por descobrir, razões essas que atormentam a memória do seu filho, David. 
Os nossos objectivos vão-se tornando muito simples no decorrer do enredo, o nosso antagonista é Raul Menendez, um indivíduo muito perigoso, sem nada a perder.
Raul, aproveitou-se de um mundo cibernético, onde o poder arsenal passa por drones e robôs não tripulados, onde tudo está ligado via internet e provocar assim um ataque em escala global e criar um caos total.
Nada difícil de perceber que teremos que o parar a todo o custo. Neste processo vamos enfrentar vários desafios, desde escalar as mais altas e húmidas montanhas, fazer skydiving no meio de uma guerra aérea ou controlar vários veículos com enorme poder de destruição.

Penso que a descrição do que podem fazer neste jogo é mais empolgante do que propriamente o jogar. Desilusão é o sentimento predominante durante toda esta campanha. Ver um dos maiores jogos do mundo, basicamente a deixar de parte o que para muitos é a razão de compra de Call of Duty, o antes fantástico, emocionante, realista e energético modo de campanha. São muitos aspectos que o tornam maçador. O facto de implementarem a opção de escolha das armas em cada missão, torna o jogo demasiado pausado, estragando assim aqueles momentos mais emotivos. O que mais desilude é o facto de o enredo ser realmente muito bom, missões muito variadas que devido a factores de mudança numa fórmula de sucesso, estragam o poderia muito bem ser, o maior e melhor Call of Duty de sempre.
Devido às pausas desnecessárias, mais parece um modo Special Ops do que propriamente uma aventura.



Nem tudo é mau, pela primeira vez vemos algo bastante inovador num jogo Call of Duty, rotas diferentes, escolhas e por fim finais com desenlaces diferentes. Além disso, Treyarch decidiu mudar a forma como jogamos e introduzir também missões extras durante o modo de campanha, chamadas Strike Force Missions, que também elas podem ou não ter um papel importante no fecho do enredo. É muito bom vermos isto a ser introduzido num shooter, porque fará o jogador querer jogar novamente para descobrir todos finais alternativos. Não é usual vermos esta implementação, traz frescura e criatividade a um excelente jogo. Apenas a forma como foi implementada poderia ser diferente.

Call of Duty: Black Ops 2, está divido em três e distintas partes. Campanha, Zombies e Multijogador. Zombies é um dos modos mais divertidos que podem encontrar nos shooters dos dias que decorrem. Neste modo os desafios são imensos e muito divertidos. Podem jogar online, apenas com um grupo de amigos ou offline e enfrentarem os zombies numa  onda estilo Chuck Norris. Até podem tentar mas nunca serão como ele.



Mas não é aqui que Call of Duty: Black Ops 2, realmente brilha como os olhos mágicos da Gabriela, não. É no modo Multijogador onde toda a diversão se encontra. Treyarch parece ter ouvido a comunidade e criar um modo online competitivo não só para hardcore gamers e Clãs mas também para os mais fraquitos e novos, neste tipo de jogo. Opções são imensas, modos de jogo também e nem vale apena falar na repetibilidade, porque o sabem muito bem que vão voltar a este modo sempre que tiverem um tempinho para jogar
Uma das melhores novas características deste modo online é o facto de promover mais um pouco o espírito de equipa e estratégia. 
Podem não só personalizar de uma forma nunca antes vista em COD, o vosso Loadout inicial, como agora recebem pontos em quase tudo o que fazem. Pena ainda não estar implementado a 100%, porque se querem atingir os níveis máximos no ranking, vão por de lado por uns tempo a equipa e dar tudo por tudo individualmente.

Podem entrar em Ligas Pro com o vosso clã directamente apartir do jogo e entrar em campeonatos virtuais, um excelente complemento ao circuito profissional de videojogos, onde podem competir entre os melhores.
O modo estratega encontra-se na forma como querem jogar. Os perks, e o loadout têm agora “infinitas” combinações. Fará que passem muito tempo a experimentar, até encontrarem o que mais se adequa ao vosso estilo, Rush, Sniper, Camper ( por favor, não o sejam campinos ).



Antes de finalizarmos esta análise, temos ainda que falar sobre o trabalho gráfico e sonoro deste jogo. Tal como em Modern Warfare 3, este novo jogo, tem novamente sons fantásticos, em que mesmo em armas que sabemos que não existem, parecem realmente autênticas. Desde explosões, ao intercomunicador, veículos, foi realmente tudo bem pensado e trabalhado. Existe apenas um gigante erro, por várias ocasiões, podemos ouvir os nossos irmãos Angolanos, ganharem  um novo sotaque, Português do Brasil ( FAIL! ). 
O mesmo não se pode dizer acerca da qualidade gráfica deste jogo. A disparidade entre as consolas é abismal e impressiona ( ou não ), que ainda aconteça. Modern Warfare 3, acabou uma vez por todas com a guerrinha entre Xbox 360 e Playstation 3, sobre quem tem melhores gráficos. Desta vez, aconteceu novamente que Xbox 360 tem melhores resoluções e qualidade nas texturas que na Playstation 3. Estamos em 2012, com 7 e 8 anos de vida destas consolas de última geração e ainda podemos assistir a trabalhos mal feitos, de propóstio ou não, em jogos multiplataforma. 
A equipa da Treyarch mais uma vez desilude os fãs de Call of Duty na Playstation 3. Não será necessário mencionar a versão PC, além de alguns bugs o jogo parece muito limpo, pena o motor de jogo manter-se basicamente o mesmo sem grandes evoluções sobre os passados jogos.



Não foi sem dúvida uma aventura muito fácil mas chegamos ao fim da análise de um dos recordistas de vendas e uma das maiores sagas do mundo, Call of Duty: Black Ops 2. Um jogo que promete horas e horas a fio de online, repleto de  mapas divertidos, novas emoções muita adrenalina e competitividade. Além disso, podem pegar em 3 amigos e participarem no novo modo de aventura em Zombies, existem muitos segredos por descobrir e centenas de Zombies para eliminar. O que também não foi fácil de digerir, foi o facto de a qualidade na versão testada, Playstation 3, ficar muito aquém do que se esperaria de um título com tanta importância nesta geração de consolas. Desde os vários erros online à qualidade gráfica dúbia. É uma relação amor/ódio, por muito que critiquemos este jogo, voltamos sempre para uma partidas online com os nossos amigos. Um jogo com falhas mas que deve ser apreciado até há última bala. 

8/10

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