terça-feira, 9 de abril de 2013

Análise - God of War: Ascension



O destruidor de mundos e de Deuses, volta para mais uma épica e grandiosa aventura. Será este apenas mais um jogo na longa saga God of War ou estamos presentes de um dos melhores jogos da Playstation 3? Vamos descobrir.
Em God of War: Ascension, não será certamente preciso uma introdução extensiva à personagem principal, Kratos. O guerreiro espartano, já morreu e ressuscitou várias vezes, derrubou imensos inimigos - sejam eles básicos guerreiros, Titãs ou  até mesmo Deuses - sem temer nada nem ninguém. Contudo nunca conseguiu esquecer e lutar contra o seu perturbador passado.
Passado, é exactamente um dos temas principais de Ascension. Esta é a prequela da trilogia God of War. Conta-nos qual e como foi o caminho da Kratos até ao ponto em que jogamos pela primeira vez na Playstation 2 em God of War.
Para nos localizarmos no espaço temporal, os eventos deste novo jogo ocorrem seis meses depois de Kratos ter assassinado a sua família - o tormento que o acompanha por toda a saga - e 10 anos antes do primeiro jogo God of War.
Um dos elementos menos apelativo deste jogo será a sua narrativa. Um pouco simples e sem aquele toque de magia que nos apanha de surpresa. Não é algo certamente para desesperar, visto que God of War: Ascension, conta com o seu clássico estilo de gameplay, um nível de dificuldade mais elevado - ao estilo do primeiro jogo da saga - e novas mecânicas de jogo, o que permite que a sua essência esteja sempre presente.
A narrativa por muito simples que o seja, vai nos dar a oportunidade de ver o lado mais humano de Kratos e tudo o que levou a ganhar aquela raiva e ódio enorme pelos deuses do Olimpo que conhecemos dos jogos anteriores.

God of War: Ascension, começa com a quebra de um pacto de sangue que liga Kratos a Ares - o Deus da guerra. Ares então chama as únicas criaturas no mundo capazes de fazer justiça das piores formas imagináveis, as três irmãs diabólicas, Furies.
São estas as antagonistas principais de Kratos. Elas não são mortais nem deuses, as Furies são as Guardiãs da Justiça, que acertam contas com quem ousa trair os Deuses. Depois de conseguirem capturar Kratos, detêm-no na Prisão dos Condenados e é praticamente aqui que começamos a nossa nova jornada.
Depois dos primeiros momentos do jogo, é gratificante voltarmos ao mesmo estilo cheio de adrenalina, imensos inimigos para combater ainda por cima com uma nova e remodelada forma de combate. Continua a ser excitante arrancar a cabeça a um inimigo. Kratos, não tem os poderes e várias armas com que estávamos habituados a jogar. Despido destas vantagens, acompanha-nos por todo o caminho as famosas Blades of Chaos. 
Desta vez poderemos fazer um upgrade às nossas armas através dos vários elementos, provenientes dos diferentes Deuses: Gelo de Poseidon, Raios de Zeus, Almas Infernais de Hades e Fogo de Ares.
Praticamente durante todo o jogo, não vão sentir que vos desafia a um ponto de exaustão no que diz respeito a resistência dos vossos inimigos. Têm que aprender os combos e timings correctos e tudo sairá na perfeição. Existe sim, um nível particular, chamado o Trial de Archimedes. Um nível fora do vulgar - para este jogo - porque foge do estilo de "facilitismo" que temos durante toda a aventura. É um nível com 3 patamares, sem vida extra e sem checkpoints. É normal sentirem-se frustrados de não conseguirem escapar da morte, é normal, acreditem em mim =)

Devo destacar os vários puzzles que vão surgindo, são divertidos de fazer, alguns tão fáceis que temos a tendência de complicar mas outros mais complicados onde será precisa toda a nossa concentração. Sem dúvida dos melhores que já tive a oportunidade de jogar em qualquer outro God of War.
No que diz respeito a forma como jogamos, relaxem fãs, Kratos está melhor do que nunca. Os eventos fabulásticos, Quick Time Events, onde temos que carregar no botão certo no tempo certo, continuam bem presentes, proporcionando momentos épicos, que só encontramos nos jogos God of War.
Além de todo o clássico gameplay, destacam-se três aspectos: sensação de escala, grafismo e banda-sonora. Santa Mónica habituou mal os jogadores desde o primeiro God of War. Em Ascension, continuam a nos mimar. São lutas onde a câmara afasta-se de tal maneira que quase nem conseguimos ver Kratos, o que torna difícil a nossa sobrevivência no meio de dezenas de inimigos.
No que toca a grafismo, são do melhor que podemos pedir de uma consola com 7 anos de vida. Arte mitológica onde só as brilhantes mentes nos podem oferecer estes níveis complexos e estonteantes. A cereja em cima do bolo, é certamente a épica banda sonora que acompanha todo o gameplay. Desde o rasgar do torso de um Ogre, às suas entranhas a cair no chão, até à loucura que é, dizimar gigantes ou um titã, foi tudo demasiado bem trabalhado, o que proporciona uma derradeira experiência virtual.
É sem dúvida um dos jogos melhores jogos de 2013 e mais um exclusivo da Playstation 3. Senti que a saga já merece um descanço. Por muito que goste de jogar com Kratos, não tive as mesmas experiências que nos jogos anteriores, principalmente se compararmos com God of War 3. É um jogo espectacular, isso não há dúvida. A dúvida será que se iremos encontrar Kratos na próxima geração de consolas. Se isso acontecer, Santa Mónica têm que se esforçar ainda mais para nos dar a derradeira experiência
Fãs de God of War ou de acção e aventura (hack n slash) , não devem perder esta última instalação da saga mais brutal da Playstation. Momentos inesquecíveis em frente ao televisor não se devem perder.

MOODGAMER 9/10
*Baseado no modo de campanha

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